domingo, 4 de outubro de 2009

Uma luz no início do túnel



E agora? Será que vamos conseguir ser uma potência olímpica, como fez a China em 2008, conquistando 51 (boa idéia) medalhas de ouro, desbancando os EUA, que ficaram em segundo lugar com 36 medalhas de ouro. Nós ficamos no 23° lugar com nossas honrosas 3 medalhas de ouro?
Se quisermos chegar perto de China e EUA, teremos que em 7 anos dar um salto maior do que o dado pela Maurren Maggi na conquista de um dos nossos ouros em Pequim.
Material humano para tanto nunca nos faltou, faltam educação e apoio dos governantes, que agora serão pressionados a tomar uma atitude. É importante ressaltar que não faremos campeões olímpicos em 7 anos apenas educando e dando apoio, é preciso ir muito além, pois não temos a menor estrutura para desenvolver tantas modalidades esportivas.
Já somos referência mundial no vôlei e claro no futebol, embora o título olímpico seja o único que ainda não conseguimos conquistar, mas isso é muito pouco, visto que são esportes coletivos e trazem poucas medalhas. Teremos que seguir o exemplo da China que investiu maciçamente em esportes individuais.
Para que tudo isso se transforme em medalhas teremos que começar já, e infelizmente não temos estrutura para absorver e preparar com qualidade, a quantidade de atletas que nosso país pode produzir. Se Cuba, uma pequena ilha, foi um dia uma potência olímpica, por que nós não podemos, na verdade por que ainda não somos? Essa questão já foi respondida, falta educação estrutura e apoio, e agora temos que correr mais que Usain Bolt para alcançar as douradinhas cariocas.
Acho que nosso objetivo é chegar entre os três primeiros colocados, para isso precisamos de pelo menos vinte medalhas de ouro, essa não é uma meta impossível, mas precisamos mudar nossa mentalidade, mudar nossas escolas, direcionar nossos futuros atletas para centros de formação, centros esses que são pouquíssimos em nosso país, e teremos que criá-los urgentemente.
Tudo isso vai ser muito difícil, mas mesmo que não consigamos vencer as olimpíadas de 2016, ela já nos deu a maior das medalhas, a medalha da esperança de dias melhores, isso ninguém pode negar...

Carlinhos Moreira