O frio está chegando e com ele também,
as festas juninas. Como vem acontecendo com toda atividade cultural,
essa também não escapa das influências da mídia. Mas para nós
que moramos numa cidade do interior, onde algumas tradições ainda
são mantidas, temos o prazer de ver festas genuinamente “juninas”,
com quentão, fogueira, danças típicas... Algumas mudanças foram
para o bem, como a conscientização de não se soltar mais balões,
que coloriam as noites, mas provocavam perigosas queimadas. Outras
mudanças não fizeram tão bem assim. Hoje praticamente não se usa
mais a velha banda de música que foi trocada pela música mecânica.
Mas uma coisa ainda não mudou e poderia mudar, para o bem dos nossos
tímpanos e dos coitados dos cães que sofrem tanto com a barulheira
feita pelos foguetes. Ressalvo que os fogos de artifícios (aqueles
que não fazem estrondos) são uma atração muito bonita, colorindo
as noites frias e marcando o ponto alto das festas, normalmente
dedicada a um santo. E por falar nos santos, será que eles gostam de
todo esse barulho? Eu tenho cá minhas dúvidas. Aliás, será que
alguém gosta do barulho dos foguetórios? Essa é uma tradição que
poderia ser repensada, acho que até os “santos” gostariam de uma
festa menos barulhenta, isso alguém pode até negar, mas acho que a
maioria vai concordar...
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